quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Como criar Webquests?

Seus problemas acabaram! saindo da cartola: Zunal.

Zunal é um software com base em tecnologia web voltado à criação de webquests de modo fácil, rápido e gratuito.

Vale a pena conferir: http://www.zunal.com/

domingo, 12 de outubro de 2008

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Avaliação de software

Como avaliar um software educacional?

O conjunto que determina qualidade em EAD é formado de inúmeras modalidades de software educacional e, por isso, ao avaliarmos um programa de educação à distância e/ou um software educacional, é importante estabelecermos parâmetros mínimos de avaliação, que são caracterísicas pedagógicas e aquelas relacionadas ao aspecto técnico da questão. Confira, a seguir, quais são elas.
Características Pedagógicas
As características pedagógicas formam um conjunto de atributos que evidenciam a conveniência e a viabilidade da utilização do software em situações educacionais. Temos as seguintes subcaracterísticas que facilitam a identificação de um software de qualidade.

Ambiente educacional: o software deve permitir a identificação do ambiente educacional e do modelo de aprendizagem que ele privilegia;

Pertinência em relação ao programa curricular: o software deve ser adequado e pertinente em relação ao contexto educacional ou a uma disciplina específica;

Aspectos didáticos: o software deve contribuir para que o aluno alcance o objetivo educacional e para isso deve ser amigável e de fácil utilização, deve possuir aspectos motivacionais e respeitar individualidades. É importante que inclua atributos como: clareza e correção dos conteúdos, recursos motivacionais, carga informacional e tratamento de erros.
Facilidade de uso
A facilidade de uso é o conjunto de atributos que evidenciam a facilidade de uso do software. Inclui as subcaracterísticas:

Facilidade de aprendizado: avalia a facilidade dos usuários em aprender a usar o software;

Facilidade de memorização: avalia a facilidade dos usuários em memorizar informações importantes para o uso do software;

Robustez: avalia se o software mantém o processamento corretamente a despeito de ações inesperadas.
Características da interface
As características da interface configuram atributos que evidenciam a existência de um conjunto de meios e recursos que facilitam a interação do usuário com o software. Inclui as subcaracterísticas:

Condução: avalia os meios disponíveis para aconselhar, informar e conduzir o usuário na interação com o computador. Inclui atributos como: presteza, localização, feedback imediato e legibilidade;

Afetividade: avalia se o software proporciona uma relação agradável com o aluno ao longo do processo de aprendizado;

Consistência: avalia se a concepção da interface é conservada igual em contextos idênticos e se ela se altera em contextos diferentes;

Significado de códigos e denominações: avalia a adequação entre objeto ou informação apresentado ou pedido e sua referência;

Gestão de erros: avalia os mecanismos que permitem evitar ou reduzir a ocorrência de erros, e que favoreçam a correção quando eles ocorrem. Inclui os atributos: proteção contra erros, qualidade das mensagens de erro e correção dos erros e reversão fácil das ações.
Adaptabilidade
A adaptabilidade é o conjunto de atributos que evidenciam a capacidade do software de se adaptar a necessidades e preferências do usuário e ao ambiente educacional selecionado. Inclui atributos como:

Customização: avalia a facilidade da adaptação da interface para o uso de diferentes usuários;

Adequação ao ambiente: avalia a facilidade de adequação do software ao modelo e aos objetivos educacionais adotados.
Documentação
A documentação é o conjunto de atributos que evidenciam que a documentação para instalação e uso do software deve ser completa, consistente, legível e organizada. Inclui atributos como:

Help online: avalia a existência de auxílio online;

Documentação do usuário: avalia se a documentação sobre o uso do sistema e sua instalação é de fácil compreensão. Para ambientes e sites apoiados na Web é importante avaliar também a característica qualidade da informação, que inclui as subcaracterísticas: conteúdos corretos, fontes fidedignas, carga informacional compatível, pertinência, temas transversais, entre outros.

TICESE

TICESE: Técnica de Inspeção de Conformidade Ergonomica de Software Educacional.
Pós-Graduação em Engenharia Humana - Universidade do Minho - Portugal

http://www.labiutil.inf.ufsc.br:80/estilo/Ticese.htm

Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade

Qual é a diferença entre multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade?
Maria de Fátima Girardelli
Manaus, AM


O mundo é uma totalidade. Mas, sendo tão grande e complexo, seu conhecimento é feito pelas partes. Foi essa idéia de que a fragmentação facilita a compreensão do conhecimento científico que orientou a elaboração dos currículos básicos em um certo número de disciplinas consideradas indispensáveis à construção do saber escolar. Tal simplificação, por outro lado, complicou a compreensão de fenômenos mais complexos. A solução para o problema foi relacionar as várias disciplinas do currículo.


Segundo Piaget, as relações entre as disciplinas podem se dar em três níveis: multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdiciplinaridade.

Na multidisciplinaridade, recorremos a informações de várias matérias para estudar um determinado elemento, sem a preocupação de interligar as disciplinas entre si. Assim, ao analisar uma pintura renascentista, podemos usar dados vindos da História, da Química e da Educação Artística. A História conta, por exemplo, quando foi o período chamado Renascimento. A Química descreve a composição do material usado na pintura. A Educação Artística lida com seus aspectos estéticos — as cores usadas, a disposição dos elementos na tela e daí por diante. Neste caso, cada matéria contribuiu com informações pertinentes ao seu campo de conhecimento, sem que houvesse uma real integração entre elas. Essa forma de relacionamento entre as disciplinas é a menos eficaz para a transferência de conhecimentos para os alunos.

Na interdisciplinaridade, estabelecemos uma interação entre duas ou mais disciplinas. No exemplo anterior, haveria interdisciplinaridade se, ao estudar a pintura, relacionássemos o contexto histórico do Renascimento com os temas usados pelos artistas de então e sobre as técnicas empregadas por eles. A análise do material utilizado na pintura poderia ser ampliada para um estudo do desenvolvimento tecnológico ao longo do tempo.
O ensino baseado na interdisciplinaridade proporciona uma aprendizagem muito mais estruturada e rica, pois os conceitos estão organizados em torno de unidades mais globais, de estruturas conceituais e metodológicas compartilhadas por várias disciplinas.

Na transdisciplinaridade, a cooperação entre as várias matérias é tanta, que não dá mais para separá-las: acaba surgindo uma nova "macrodisciplina". Um exemplo de transdisciplinaridade são as grandes teorias explicativas do funcionamento das sociedades. Esse é o estágio de cooperação entre as disciplinas mais difícil de ser aplicado na escola, pois há sempre a possibilidade de uma disciplina "imperialista" sobrepor-se às outras.

Disponível em: http://pucrs.campus2.br/~annes/infie_interd.html

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Wikispaces

Wikispaces é um aplicativo que, gratuitamente, disponibiliza as ferramentas e a hospedagem de um wiki na rede, viabilizando a construção colaborativa de textos e hipertextos. Vale a pena conferir: http://www.wikispaces.com/

terça-feira, 16 de setembro de 2008

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Criando conteúdos: o poder do usuário comum na internet

Carol Pontes


Com a disseminação e evolução dos computadores, amplia-se o poder de comunicação entre as pessoas, ficando muito mais eficaz e eficiente transitarmos entre cenários presenciais e virtuais.

Ao contrário do que muita gente pensa, a internet não é um ambiente totalmente dissociado do mundo físico. Conseqüentemente, somos muito mais que "um nó na rede", somos pessoas, e como tal, nossas ações online têm, de fato, repercussão no mundo presencial.

Além disso, acessando a internet podemos simultaneamente nos conectar com milhares de outros usuários, agregando à nossa rede de amigos aqueles que se aproximam de nós por afinidades, gostos e interesses, embora geograficamente distantes.

Ampliando a nossa rede de amigos passamos a interagir muito mais. Surge, então, uma nova forma de sociabilidade característica à cultura digital: o usuário comum, formador de opinião.

Com um computador conectado à internet, qualquer pessoa pode opinar sobre qualquer assunto com quem quer que seja em qualquer lugar do planeta, de modo que aquilo que está sendo negociado pelos interlocutores possa ser visto e complementado por outras pessoas que também buscam respostas.

Muito mais que consumidores, essas pessoas agora passam a propor e produzir conteúdos: todos os dias, milhares de vídeos, documentos, apresentações, etc., passam a fazer parte da imensa quantidade de informação na rede. Mas toda essa informação produzida pelos usuários apresenta um diferencial, pois está relacionada aos anseios e às circunstâncias vividas por um certo grupo social.

Nesse panorama, o que se destaca é a criatividade do usuário. Essa tendência, no entanto, leva à convergência dos cenários atuais, bem como à proposição de novos cenários mais dinâmicos e suscetíveis a inovações.

Eis a reinvenção do virtual, e com ela todas as possibilidades que interligam a aprendizagem ao prazer.

sábado, 23 de agosto de 2008

The avatar as communication

The avatar as a new lyteracy

Corpo e sociabilidade na internet

Carol Pontes


A representação simbólica do corpo no ambiente virtual afeta o modo como as pessoas se percebem e interagem na internet.

Freqüentemente, podemos observar que as pessoas que costumam atualizar a publicação das próprias fotos em sites de relacionamentos tendem a receber muito mais visitas em seus perfis que as pessoas que não publicam novas fotos.

Quanto mais interessantes ou bonitas essas fotos parecerem à audiência, muito mais comentários esse usuário tenderá a receber, de modo a podermos observar uma maior tendência à interação e ao diálogo.

Em alguns casos, o usuário pode, inclusive, receber convites de pessoas até então desconhecidas e passar a integrar suas respectivas redes de amigos.

Esse fenômeno está cada vez mais freqüente, especialmente após a popularização da prática de criação de avatares. No Second Life, por exemplo, o usuário cria um avatar para interagir com outros habitantes dessa realidade virtual e passam a participar de comunidades de práticas, nesse ambiente, com pessoas que até então não participavam de sua vida.

Contudo, a tecnologia oferece recursos que viabilizam a criatividade dos usuários, de modo que as pessoas possam editar e manipular suas fotos e criar personagens, modelando o próprio corpo no ambiente virtual.

Desse modo, caso o usuário julge necessário 'acrescentar' ou 'omitir' alguma característica pessoal para passar a participar de um certo grupo, ele irá recorrer à tecnologia para atingir o seu propósito de modo a ser reconhecido por seus pares como um semelhante.

Em outras palavras, se o usuário é baixinho, gordinho, careca e desdentado, mas deseja ser reconhecido como uma pessoa sexy, ele pode manipular e editar suas imagens de modo que os demais o reconheçam como uma pessoa interessante.

Não é em vão que as redes de relacionamentos online utilizam o recurso 'foto' no perfil dos usuários. A foto é o principal recurso de identificação do usuário pelos demais integrantes da rede, pois caracteriza a re[a]presentação pública do usuário no ambiente, que é complementada pelos campos preenchidos pelo usuário no perfil.

Além das fotos, os usuários podem, em alguns casos, adicionar vídeos pessoais à rede, de modo a criar versões dos ambientes físicos, de si e dos demais nos ambientes virtuais.

Emoticons, gifs animados e as vídeo conferências são outras modalidades de apresentação disponíveis aos usuários que, através desses recursos podem, inclusive, se comunicar recorrendo aos aspectos não-verbais da conversação[1].

Em suma: as tecnologias estão ai e com elas a nossa possibilidade de editar, recortar, copiar, colar e até mesmo deletar pessoas e coisas das nossas vidas, inclusive a nós mesmos, enquanto construímos novas versões de nós, das nossas relações com o mundo e com as coisas, deixando nossos rastros pela rede[2].

Referências Bibliográficas:

[1] DE OLIVEIRA, R. (2007). Uso de marcas verbais para os aspectos não-verbais da conversação em salas de bate-papo na internet. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Pernambuco. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva.

[2] DE FRANÇA, A. C. P. (2008). Self Digital: explorações acerca da construção do "eu" na internet. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Sobre a construção do "eu" na internet

Carol Pontes


Esse foi o assunto tratado na minha dissertação de Mestrado, intitulada:

Self Digital: explorações acerca da construção do "eu" na internet. Defendida no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva em 2008.

Ao contrário do que freqüentemente se pensa a respeito, quando estamos no ambiente virtual, não nos tornamos completamente diferentes daquele que somos no mundo físico, mesmo quando criamos um perfil "fake" ou um avatar no Second Life.

Se nós fóssemos outros completamente diferentes daqueles que somos nos ambientes presenciais, teríamos uma dupla personalidade, uma virtual e uma presencial, atuando separadamente.

Considerar a dicotomia corpo/mente no ambiente virtual é problemático pois, neste caso, o ser é tomado como um ente desprovido de corpo que fica o tempo inteiro racionalizando no ambiente.

Buscando uma superação para esse tipo de dicotomia, propomos que o corpo é um constituinte indispensável para que possamos conceber o sujeito no ambiente virtual.

Adotando o corpo como referencial, anunciamos nossa 'presença' online, mediante registro do nosso 'nome' de usuário e senha. Desse modo, 'entramos', transitamos e 'saímos' do ambiente virtual, todas as vezes que nos conectamos em rede.

Nos conectando em rede, estabelecemos elos discursivos com os demais usuários. Esses elos aproximam as pessoas, a partir de afinidades, gostos e interesses, daquilo que elas conhecem do mundo físico, de modo que os sentidos de estar comunicativamente mais perto daquilo que está fisicamente longe ganhem destaque e revelem-se como uma mola propulsora às ações comunicativas nos ambientes virtuais.

Ou seja, nós não nos conectamos com outras pessoas via internet apenas porque estamos fisicamente distantes delas mas, sobretudo, porque buscamos uma proximidade 'comunicativa' com essas pessoas.

Portanto, muito antes de se reunirem e dialogarem no Orkut - ou no Second Life -, por exemplo, esses usuários se reuniram e se reportaram uns aos outros em contextos diversos, tanto presenciais quanto virtuais: participando de atividades de trabalho, educacionais e de lazer, escrevendo um diário íntimo, lendo um livro, usando sites de busca, participando de fóruns e listas de discussão online, etc.

Nesses termos, as pessoas que participam do Orkut, por exemplo, são atores que contracenam tanto no nosso mundo interno e externo quanto presencial e virtual.

Essas pessoas são os protagonistas da historinhas que contamos sobre nós mesmos e é para eles que endereçamos nossas mensagens, tanto em cenários presenciais quanto virtuais.

Mas tem um detalhe: mesmo na nossa imaginação, essas pessoas apresentam alguma configuração corpórea. Além disso, vez por outra, conferimos vozes a essas pessoas e, conseqüentemente, algum nível de consciência, de modo que essas pessoas, de atores, passem a co-autores das nossas histórias.

Ou seja, essas pessoas, mesmo na nossa imaginação, passam a colaborar na composição da nossa história de vida, quer seja ela oralmente narrada quando estamos face-a-face com alguém, quer seja ela registrada nos campos do perfil de Orkut.

Portanto, tal como um camaleão que muda a cor da pele a fim de se adaptar às mudanças no contexto, os usuários da internet freqüentemente recorrem aos personagens que co-habitam o seu mundo interno e externo para compor seus perfis de Orkut ou mesmo um avatar no Second Life.

Se confundindo com esses personagens, o usuário veste uma máscara no ambiente virtual. Contudo, enquanto preenche os campos do Orkut ou modela o avatar com algumas características, o usuário deixa sua máscara cair e se revela, se contrastando em relação a todos aqueles que considera seus semelhantes.

Assim, enquanto transita no ambiente virtual, o usuário-autor organiza e orienta suas ações em função de um corpo que se movimenta. Ao fazê-lo o autor passa a afetar os demais com suas ações, também sendo afetado por esses outros quando eles publicam seus comentários.

Em outras palavras, "adotando o corpo como referencial, antecipamos as respostas da audiência para quem endereçamos nosso discurso, nos posicionando frente ao mundo. Dessa forma, sentimos que temos um ponto de vista e que este nos resgata da possibilidade de desintegração face às transformações que experimentamos ao longo do tempo, pois assumindo nossos posicionamentos asseguramos nossa própria localização no tempo e no espaço". (DE FRANÇA, 2008)

Desse modo, versões dos diálogos que estabelecemos com os demais podem se estender para os ambientes virtuais e retornar para cenários presenciais, caracterizando um processo dialógico ininterrupto.

Em síntese, "enunciar aspectos de si em uma rede de relacionamentos online, mostra nuances das formações sócio-histórico-culturais observadas em contextos offline, o que nos permite conceber as ações no ambiente virtual como uma extensão e continuidade das ações freqüentemente desempenhadas nas situações presenciais cotidianas" (DE FRANÇA, 2008).


Referência Bibliográfica:

DE FRANÇA, A. C. P. (2008). Self Digital: explorações acerca da construção do "eu" na internet. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Fábrica de Jogos

Aula de videogame


Fábrica de Jogos: projeto de pesquisa pernambucano estimula alunos do ensino médio a desenvolver seus próprios jogos eletrônicos.
Leandro Quintanilha

Lançamento da Fábrica de Jogos, na escola Cícero Dias.

Os 426 alunos do colégio público de ensino médio mais bem equipado de Pernambuco agora passam parte do expediente escolar jogando videogame. Eles são os primeiros estudantes a participar da Fábrica de Jogos, projeto de pesquisa do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), em parceria com o Geração Oi, um programa focado em ações educativas, vinculado ao Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da operadora de telecomunicações. Após a primeira fase do projeto — a “prática de uso”, os estudantes do Centro de Ensino Experimental Cícero Dias serão estimulados a criar seus próprios jogos, para plataformas muito populares entre adolescentes: celulares e computadores.“Fazemos de um ‘vício’ um meio de desenvolver habilidades”, afirma o educador Luciano Meira, criador e coordenador do projeto e professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A Fábrica de Jogos foi lançada oficialmente no dia 18 de maio, mas as atividades já haviam começado uma semana antes. A iniciativa é fruto de um convênio firmado entre o Oi Futuro e o Cesar.
Luciano Meira, criador e coordenador do projeto "prática de uso" A Cícero Dias é a primeira escola a aderir ao projeto de pesquisa para a criação de jogos eletrônicos, mas a idéia é que a Fábrica de Jogos faça parte do currículo do ensino médio de todas as escolas do Geração Oi (leia o quadro para entender melhor o programa e as entidades envolvidas). Espera-se, ainda, que, em três anos, cerca de 40 jogos eletrônicos desenvolvidos pelos alunos da Cícero Dias possam ser oferecidos a outras escolas públicas do país. “Nesse período, professores de outras instituições também poderão fazer uma ‘residência pedagógica’ na escola, para conhecer de perto o projeto”, afirma Samara Werner, gerente do Oi Futuro.“A inclusão digital não se restringe ao acesso”, diz. “Com a Fábrica de Jogos, os adolescentes tornam-se criadores de conteúdo.” A Cícero Dias foi inaugurada no ano passado, com o propósito de se tornar um laboratório pioneiro de mídia-educação (veja ARede nº 13). No primeiro ano, os alunos participaram da criação de um carro de controle remoto, uma maquete com iluminação e uma urna eletrônica, entre outros. Há alguns meses, o programa Geração Oi procurou o Cesar em busca de novas idéias. “Nossa preocupação era desenvolver um projeto de alta tecnologia que realmente interessasse os jovens, algo do seu universo”, conta Samara.Na Cícero Dias, as aulas são ministradas em período integral. A Fábrica de Jogos funciona todos os dias, com revezamento de turmas e participação dos professores da escola e de consultores do Cesar. Os alunos são organizados em times, de seis a oito integrantes. Aos poucos, dentro de cada grupo, eles assumirão papéis produtivos individuais — um ficará encarregado do design, outro do roteiro, um terceiro da programação. “A criação de jogos é um espectro amplo de competências”, afirma o coordenador Luciano. O objetivo da organização em grupo com definição individual de papéis é estimular, ao mesmo tempo, a didática colaborativa e a autodidática, políticas que norteiam o projeto pedagógico da Cícero Dias. Cada time terá um líder, definido por meio de um concurso de redação (o tema são as intenções de trabalho). Desenvolvimento de novos jogos,como o Tíbia, já famoso. “Estamos conversando com a diretoria sobre a possibilidade de abrir a escola aos sábados, para que os alunos possam levar parentes, amigos e vizinhos para jogar”, diz Luciano. “Será como uma lan house gratuita.” Isso, porque a brincadeira é parte do aprendizado. “Não separamos a teoria da prática. Nosso plano de estudo pode ser visto como um triângulo — num vértice, as práticas de uso; em outro, a conceitualização; e, no terceiro, a implementação.” Resumindo: os adolescentes jogam para entender as dinâmicas possíveis, a ponto de criar novas possibilidades de jogo. Jogam para se divertir e entender a brincadeira, até se tornarem aptos a reinventá-la.Luciano frisa que até jogos eletrônicos de ação podem ser educativos. A criação requer, no mínimo, noções de lógica, programação, roteiro e arte. De acordo com o conteúdo, a pesquisa pode enveredar para História, Física ou Biologia, além de diversas outras áreas do conhecimento. “Já existe, por exemplo, um joguinho em que o objetivo é destruir as células cancerosas de um organismo — para derrotá-las, há de se conhecer suas especificidades.” As possibilidades são incontáveis. Para Samara, os benefícios da Fábrica de Jogos vão além de seu grande potencial de aprendizado. O projeto, afirma, aproxima a escola do estudante e oferece opções, com experimentação prática, que podem facilitar a escolha profissional.
Papéis no jogoA Fábrica de Jogos é um projeto de pesquisa do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) criado para o programa Geração Oi, do instituto Oi Futuro de responsabilidade social. O projeto acaba de ser lançado no Centro de Ensino Experimental Cícero Dias, colégio estadual de ensino médio. Conheça melhor as instituições envolvidas e o programa Geração Oi:
• Centro de Ensino Experimental Cícero DiasCriada no ano passado, no Recife (PE), com um investimento de R$ 12,9 milhões, a escola de ensino médio é resultado de uma parceria do Instituto Telemar, hoje Oi Futuro, com o governo de Pernambuco. A Cícero Dias é equipada para projetos de mídia-educação e funciona em período integral, das 7h30 às 17h. Além do ensino tradicional e das disciplinas tecnológicas, oferece também aulas de filosofia.
• Centro de Estudos e Sistemas Avançados do RecifeGanhador do Prêmio Finep de 2004, como a instituição de pesquisa mais inovadora do país, o Cesar é uma organização sem fins lucrativos que estimula a produção de novas tecnologias. Funciona no Porto Digital, em Recife, onde empresas desenvolvem sistemas digitais, softwares e outros projetos de tecnologia da informação, em parceira com a UFPE.
• Oi FuturoTrata-se do instituto de responsabilidade social da operadora Oi, focado em ações de educação e cultura.
• Geração OiPrograma do Oi Futuro, que promove projetos educativos de ensino médio voltados para a cultura digital, em parceria com secretarias estaduais da Educação, universidades e entidades do terceiro setor.

Matéria publicada em arede em 21 de Junho de 2007. Versão online disponível em:

http://www.arede.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1033&Itemid=99


Mais informações a respeito em:

http://blog.meira.com/2007/07/04/em-recife-colegio-vira-lan-house/


http://www.oifuturo.org.br/TDB/media/main/pdf/jornal_geracao_oi.pdf

quinta-feira, 3 de julho de 2008

How Might People Interact with Agents

By Don Norman

http://www.jnd.org/dn.mss/how_might_peopl.html
Appliances of the Future

By Don Norman

http://www.jnd.org/dn.mss/appliances_of_t.html
How Might Humans Interact with Robots?

By Don Norman

http://www.jnd.org/dn.mss/how_might_human.html
Human-Centered Design Considered Harmful

By Don Norman

http://www.jnd.org/dn.mss/human-centered.html
The Complexity of Everyday Life

By Don Norman

http://www.jnd.org/dn.mss/the_complexity.html

Enjoy it!

With safety and security, more can be less

By Don Norman

http://www.jnd.org/dn.mss/with_safety_and.html

Learning with games!

Learning from the Success of Computer Games

By Don Norman

http://www.jnd.org/dn.mss/learning_from_t.html

Great!

The truth about Google

By Don Norman

http://www.jnd.org/dn.mss/the_truth_about.html

terça-feira, 1 de julho de 2008

domingo, 29 de junho de 2008

Eu recomendo!

Para aqueles que querem se familiarizar mais com o mundo dos games, ai vai o link de um artigo que traz um panorama do uso destes na educação. Vale a pena conferir.

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=11736

O mundo dos games e a cultura digital na escola

Carol Pontes



Com o incremento nas pesquisas que envolvem tecnologia, comunicação e educação incentivando a construção colaborativa de ambientes de cultura digital, cada vez mais nos deparamos com uma maior aceitação de propostas inovadoras que lançam novos contornos ao cotidiano escolar.

Uma dessas novas empreitadas traz o mundo dos games para dentro das salas de aulas e laboratórios de informática.

Os games, antes vistos como vilões, são agora tratados como mocinhos. Apesar disso, os games ainda dividem opiniões. Por despertarem grande interesse no público jovem e, geralmente, o desespero nos pais, a entrada dessa tecnologia nas escolas freqüentemente encontra resistências.

Para os mais pessimistas, os games levariam ao vício, à violência e a tantos outros riscos que os tornariam inviáveis para o trabalho com crianças e jovens.

Porém, apesar das divergências entre o que dizem as pesquisas e a opinião pública, o fato é que os games chegaram com toda a força, trazendo consigo a preocupação com o impacto do audiovisual na rotina das famílias daqueles que se envolvem com essas tecnologias.

Cabe então repensarmos essas mídias, de modo que elas possam agir ao nosso favor e não contra nós. Adotando iniciativas que estimulem o desenvolvimento pessoal, o engajamento social e a responsabilidade coletiva estaremos dando os primeiros passos por um caminho ainda incerto, embora repleto de possibilidades.

Aprendendo com os games na escola

Carol Pontes

Os jogos virtuais, que até então eram caoticamente trazidos ao cotidiano das crianças, combinados com os conteúdos trabalhados em sala de aula, podem transformar a imagem dos tradicionais 'laboratórios de informática'.

Esse novo panorama se instala quando os games surgem como mais um recurso pedagógico que torna a aprendizagem significativa, mais envolvente, mais prazerosa. Caso sejam potencialmente explorados, esses softwares podem se tornar importantes aliados no desenvolvimento de projetos colaborativos.

Com o intuito de tornar os educandos agentes do próprio processo de aprendizagem, esses projetos podem combinar jogos virtuais, softwares colaborativos (tais como: blogs, wikis e até sites de relacionamentos, como o Orkut, por exemplo) e atividades presenciais de modo que os educandos possam criar e interagir enquanto simultaneamente desenvolvem a reflexão crítica, sugerindo alternativas aos problemas com os quais se deparam no dia-a-dia da sala de aula.

Caso seja entendido como uma política de inclusão social, o uso lúdico dos recursos tecnológicos pode inclusive transpor os muros da escola, passando a integrar outros protagonistas, novas ações e parcerias de modo que não só a escola, mas a própria comunidade que a acolhe se beneficie e se desenvolva.

Portanto, trazendo o mundo dos games para dentro da escola estaremos abrindo suas portas para algo novo, inusitado, que no entanto revela nuances de algo que nos é bastante familiar: o aspecto transformador da educação.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

WEB 2.0 E A IMPORTÂNCIA DA COLABORAÇÃO ONLINE NA APRENDIZAGEM

*Palestra proferida na mesa redonda do II Encontro Humano-Computador promovido pela FAFIRE
Carol Pontes*

Com a inserção e disseminação dos computadores no dia-a-dia de educandos e professores torna-se cada vez mais indispensável refletir sobre o impacto, bem como sobre os possíveis ajustamentos decorrentes dos novos modos de agir e conviver proporcionados pela informática aplicada à educação.

O que freqüentemente se observa é que os discursos que se referem às pessoas e serviços que ainda não recorrem a tais tecnologias geralmente tratam a questão ou do ponto de vista da resistência ou do ponto de vista da exclusão.

Mas simplesmente trazer máquinas e equipamentos de informática para dentro da escola não é uma solução mágica. Oferecer cursos e treinamentos aos professores, assim como disponibilizar dispositivos multimídia nas instituições de ensino não garante o uso em benefício à melhoria do processo de ensino e aprendizagem. O que se observa muitas vezes, tanto em instituições públicas quanto privadas, é uma “inovação conservadora” da informática aplicada à educação que, conforme propõe Cysneiros (1999), caracteriza-se

(...) quando uma ferramenta cara é utilizada para realizar tarefas que poderiam ser feitas, de modo satisfatório, por equipamentos mais simples (atualmente, usos do computador para tarefas que poderiam ser feitas por gravadores, retroprojetores, copiadoras, livros, até mesmo lápis e papel). São aplicações da tecnologia que não exploram os recursos únicos da ferramenta e não mexem qualitativamente com a rotina da escola, do professor ou do aluno, aparentando mudanças substantivas, quando na realidade apenas mudam-se as aparências. (p. 15 – 16)

Nesse sentido, a presença de tecnologia na escola precisa estar integrada à reflexão e à sugestão de alternativas relacionadas às diferentes maneiras de ensinar e aprender, de modo que pessoas, instituições, serviços e produtos possam se beneficiar com tais tecnologias, viabilizando a criatividade e o surgimento do novo. (Cysneiros, 1999)

Uma alternativa face à referida problemática seria propor e desenvolver projetos que utilizem recursos da Web 2.0, tais como se observa nas iniciativas que recorrem ao uso de wikis e blogs para construção do conhecimento, uma vez que tal tecnologia viabiliza não apenas a transmissão de informações, como tradicionalmente se observa em alguns ambientes virtuais, mas de modo muito mais significativo, contribui com a cultura de divulgar e debater idéias, na qual os educandos tornam-se autores da própria aprendizagem, participando da formação, transformação e troca de conhecimentos.

Nesse espaço de fluxos digital, os papéis são situacionais e as interações dinâmicas, possibilitando a transformação do ambiente que se torna modelado pelo uso. Nesse caso, observa-se a possibilidade de um acompanhamento do desenvolvimento da atividade pelo professor, que terá a oportunidade de verificar como os participantes constroem textos, pesquisam, opinam e se comunicam uns com os outros ao simultaneamente se engajar nas discussões.

Desse modo, tais participantes passam a integrar uma rede social digital de comunicação que tanto pode agregar valores à instituição em relação a qual a atividade está vinculada, como também aos demais educandos que se utilizem do material disponibilizado pelo grupo, já que o conhecimento construído pode chegar a transpor os muros da instituição, fomentando discussões entre diversos interlocutores geograficamente dispersos, mas comunicativamente próximos em relação a um eixo temático comum.

Ao se propor e desenvolver projetos que recorram a Web 2.0, torna-se indispensável adequar e utilizar tal tecnologia e as ferramentas que a compõem, tendo em vista o público alvo e os objetivos almejados, de modo que essas ferramentas se caracterizem como um suporte vantajoso às ações dos participantes que estarão engajados num processo de ensino e aprendizagem eficaz e eficiente.

Portanto, a Web 2.0, assim como todos os recursos relacionados a esta, trata-se de uma oportunidade que, como qualquer outra, pode ser bem utilizada ou não. Cabe então aqui ressaltar que, nessa perspectiva de ensino e aprendizagem, os diversos protagonistas envolvidos na produção do conhecimento socialmente construído NÃO estarão comprometidos com aspectos unilaterais, tais como apenas receber ou transmitir informações.

A proposta é que esses protagonistas assumam e negociem seus diferentes pontos de vista e, de modo criativo e criador, estejam engajados na tarefa de construir e usar o conhecimento por meio da reflexão crítica, da modificação e da sugestão de propostas alternativas que levem em consideração não apenas as demandas pessoais mas, sobretudo, os anseios da sociedade.


Referência Bibliográfica

CYSNEIROS, P. G. (1999). Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora? Informática Educativa. UNIANDES – LIDIE, vol. 12, nº 01, pp. 11 – 24.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"Esperamos então a rebelião dos bois marcados em ferros de bits e bytes. Que eles possam arrebentar os currais digitais e as amarras dos infelizes Portais. Senão estaremos para sempre presos nas garras do banal, do mesmo ou do instituído, achando apenas o que procuramos, perdendo a possibilidade de cruzar com o inusitado que poderia balançar nossas certezas e nos fazer um pouco mais ricos e complexos". (André Lemos, 2000)